Mostrar mensagens com a etiqueta ourpictures. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta ourpictures. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, outubro 15

We are back



Não a Lisboa, mas ao blog. Este post vem de uma repentina vontade de escrever. O blog tem estado ao abandono, sim. Nós pedimos desculpa. Mas uma coisa que eu aprendi com mudanças é que não são fáceis. A minha vinda para Roterdão não foi fácil. Foi uma decisão que demorei cerca de 2 anos a tomar. E contra tudo e todos, aqui estou. Muito feliz, sim. Cansada também. Com vontade de dormir por uma semana, sim. Com muitas saudades da minha cidade, do meu sol e das minhas pessoas. A verdade é que pensei que seria mais difícil. Pensei que ia chorar muito e que ia sentir saudades de muita coisa. Ainda não chorei mas tenho saudades dos meus, da minha Lisboa, das minhas ruas estreitas, de conduzir, de ver a ponte 25 de abril, de ver os barcos, de andar de metro. Tenho muitas saudades de Portugal e ainda só estou aqui há quase 2 meses. Português é assim: saudosista. Temos saudades de tudo, até do que não nos fez bem. Mas a vida também é isto e aqui, em Roterdão, também faz sol (um milagre), as pessoas também são simpáticas, também há rio, também há barcos. Só não há esta vista linda que só a gente tem.

quarta-feira, setembro 16

Desaparecida em combate

Não, não fui para a guerra nem coisa parecida. Mas a verdade é que a nova grande mudança não me deu tempo para nada senão para isso mesmo: mudar-me.
Cheguei à Holanda dia 19 de Agosto, por isso está quase a fazer um mês desde que estou por aqui. Há 16 dias que estou a viver sozinha (bom, com mais duas moças mas oficialmente sozinha) e a coisa não podia estar a ser melhor. Ainda estou a habituar-me a cozinhar para um apenas (e o quão difícil é fazer esparguete para um??), a ir ao supermercado, a lavar a roupa, a limpar o quarto, etc. É claro que fazia todas estas coisas antes, mas agora é diferente.
Dia 1 comecei também as aulas na Erasmus University Rotterdam e conheci imensa gente nova: Finlândia, Singapura, China, Espanha, Alemanha, Itália, Grécia... Podia estar aqui o dia todo. E que bom que foi conhecer gente na mesma situação que eu, sem saberem bem no que se estavam a meter. As aulas, essas, uma maravilha. Desde o sétimo ano que sei que quero ser psicóloga mas agora tenho a certezinha absoluta. Tenho estudado todos os dias (porque o curso assim o obriga) e deixo o fim-de-semana para passear em Roterdão, que é afinal de contas a minha cidade maravilhosa.
Nos próximos dias dou notícias. Isto foi só um appetizer ;-) Tot ziens!

A vista do meu quarto

sexta-feira, agosto 14

ANOTHER PLACE EM CROSBY | Another Place At Crosby

Depois de 3 meses de estadia em terras reais começa a fazer falta sentir areia nos pés e ver mar no horizonte. Foi por isso que na passada sexta-feira apanhei o autocarro 53 com a minha mãe e só tínhamos como destino uma praia qualquer. Sem saber qual seria a nossa paragem acabamos por sair onde não devíamos, mas com mais ou menos peripécias no caminho, chegamos até à praia de Crosby.

_________________________________________________________________________________

After 3 months of being in royalty lands, I start to miss how the sand feels on my feet and how the sea looks like. That's why, last Friday, me and my mom caught the bus 53 and we only had a beach as  a destination. Without knowing in what stop we should go out, we ended up leaving in the wrong one, but with more or less adventures on the way, we arrived at Crosby's beach.

Primeiro passa-se as típicas casinhas, depois um descampado que vai até às dunas, por fim subimos as dunas e apreciamos a bela paisagem da praia das estátuas, como gosto de lhe chamar.
Existe um caminho por detrás das dunas onde se pode andar a pé, de mão dada para os apaixonados, ou de bicicleta a romper o ar salgado. Para quem mal espera por colocar o pézinho na areia, então sobe-se e desce-se as dunas e ali estamos nós!

_________________________________________________________________________________

First we waslked past the typical houses, then we saw a wilderness that ended up in dunes. Finally we climbed the dunes and saw the beautiful view of the beach of the statues, as I like to call it.
There is a path behind the dunes where you can walk, hand in hand for the love birds, or do some cycling while enjoying the salty breeze. For those who can't wait to put the feet on the sand, just climb the dunes and there you are!



quinta-feira, agosto 6

PANTEÃO NACIONAL | The National Pantheon

Já diz o ditado e é bem verdade: tudo o que é nacional é bom. Nem que seja pela mais pequena razão. Desta vez, é uma razão bem grande. O Panteão Nacional é o tecto das figuras mais importantes do país e por isso merece sempre a visita. Já não ia ao Panteão há alguns anos e este ano foi de vez. A minha razão era de coração, de amor, visto que o grande Pantera Negra teve a sua merecida mudança há pouco tempo. E eu lá fui, em excursão por Alfama, visita-lo. Era o único com flores. Ele e a Amália, noutra sala, quem de também gosto tanto. E foi bom. Parece que o Panteão e a vista nos enche a alma. E não há nada melhor que a vista da Lisboa, menina e moça para alguém como eu. 
A visita ao Panteão Nacional é agora paga: 4€. Se forem no primeiro Domingo de cada mês é grátis! E vale bem a pena :) 

_________________________________________________________________________________

The Portuguese expression says it all: what is national is good. Even if it is for the meaningless reason. But, this time, it has indeed a big motive. The National Pantheon is the roof for the most important Portuguese people and therefore it always deserves a visit. I haven't been in the Pantheon for a few years and this time I decided to go. My big motive was love, since Eusébio had his deserved place just less than a month ago. And I went there, on an excursion through Alfama, visiting him. He was the only one with flowers. Him and Amália, the big Diva of Fado, in another room, who I also love so much. And it was amazing. It seems like the Pantheon and the view caresses our soul. And there is nothing better than a view over Lisboa, "menina e moça", for someone like me. 
The visit to the National Pantheon is now payed: 4€. If you go on the first Sunday of the month is free. And it is very worth it :)








sexta-feira, julho 31

FÉRIAS NO ALGARVE | Algarve Holidays

As férias começaram a 10 de Julho às 7 da manhã, quando começámos a nossa viagem até Armação de Pêra, no Algarve. Fizemos os 272km and duas horas e picos. Sim, grande tempo! Quando chegámos, desfazer as malas era a primeira coisa a fazer. Os 10 dias que passámos em Armação de Pêra foram suficientes para bronzear e de que maneira, algumas queimaduras (shhh), e ir até ao sítio onde estivemos o ano passado e que é um verdadeiro paraíso: Alvor. Como todos sabemos, o Algarve é conhecido pelas suas maravilhosas praias e pôr-do-sol, gente boa e um calor bem fervoroso! Sempre que entrava no quarto via uns lindos 40 graus à sombra! Mas, enfim, é realmente o sonho. Foram 10 maravilhosos dias para recarregar baterias e aproveitar o sol. Espero que gostem das fotografias e façam questão de visitar! :)

_________________________________________________________________________________

The holiday started on 10th July at 7 in the morning, when we headed to Armação de Pêra, Algarve. We drove 272km in about 2h and a half. Yes, pretty nice time! When we arrived, unpacking was the first thing to do. The 10 days we spent in Armação de Pêra were enough to get a really nice tan, a little sunburnt, and driving to the place we were last year and the true paradise: Alvor. As we all know, Algarve is known for its amazing beaches and sunsets, nice people and really hot weather. I saw 40 degrees everytime I entered the car! But, oh well, it is the dream. It was the most incredible 10 days, enough to recharge batteries and enjoy the sun. Hope you like the pictures and make sure to visit it! :) 

A vista da casa que alugámos, em Porches


A piscina (sempre bem cheia)


quarta-feira, maio 27

Liverpool | Albert Dock

Chegaram as primeiras imagens da minha nova casa! Infelizmente o dia em que resolvi sair para fotografar esta cidade linda, abri a porta e deparei-me com um céu cinzento, chuva e vento. Voltei a fechar a porta, fui buscar o meu amigo chapéu-de-chuva (que a propósito é bastante resistente e custou SÓ £3) e voltei a sair, porque hoje tinha de haver fotos. Casaco vestido, mochila às costas, chapéu aberto, fones nos ouvidos, máquina na mão e lá vou eu. O resultado ficou melhor do que esperava e agora considero-me uma fotógrafa exímia (apesar do uso do modo automático, muitas desculpas ao professor de fotografia).   

Primeira paragem da nossa tour: Albert Dock

_________________________________________________________________________________

The new pictures of my new home town have arrived! Unfortunately, when I decided to go out to take some pics of this beautiful city, I opened the door and guess what? Clouds, rain and wind (it looks like winter). I closed the door immediately, went to grab my great friend called umbrella (which is very strong and it was only £3) and went back outside again, because today you deserved some pics.
Back outside, my coat was on, bag on my back, umbrella opened, headphones in, camera on my hands and here I go. The result became better than what I was expecting, and now I’m feeling like a professional photographer (although I used the automatic mode, sorry to my Photography teacher).

First stop on our tour: Albert Dock



quarta-feira, maio 20

Roterdão, a minha cidade maravilhosa | Rotterdam, my wonderful city

Olá pessoas do bem!
Mais uma vez parti até Roterdão a semana passada para umas mini-férias antes dos meus exames. É sempre bom voltar à cidade que vai ser, brevemente, a minha casa. Já o é, na verdade, porque me sinto sempre na minha home sweet home cada vez que aterro em terras holandesas.
Não fiquei em nenhum hotel mas em casa do meu namorado (obrigada, baby) que vive lá e com quem passei os melhores dias, como sempre. É sempre lá que fico quando vou até à Holanda e desta vez não foi diferente. Esteve sempre sol, o que é uma novidade, por isso decidimos aproveitar todos os dias!

_________________________________________________________________________________

Hello guys!
Once again I went to Rotterdam last week for a mini holiday before my final exams. It's always good to be back to the city that will, very soon, be my home town. It already is, to be honest, because I always feel like it is my home sweet home everytime I land.
I didn't stay at any hotel but at my boyfriend's house (thank you, baby) who lives there and with who I spent the best days, as always. I always stay there when I go to Holland and this time wasn't any different. It was always sunny, which is new, so we decided to enjoy the most every day!


segunda-feira, maio 4

20 anos vs 23kg - Quem ganha? | 20 years vs 23kg - Who wins?

Esta tem sido a minha batalha nos últimos 3 dias. Como é que se enfiam 20 anos de história numa mala que não pode exceder os 23kg? Pois, quem souber a resposta que me ajude.
A piorar o dilema "o que posso deixar e o que é indispensável levar", estão aquelas duas vozinhas que nos acompanham sempre. Dum lado: “Leva só o necessário!”, “O importante são os documentos!”, “Não vais para o fim do mundo!”, “Isso de certeza que se vende lá!”. Do outro: “E se precisas logo à chegada?”, “É melhor levar não vá o diabo tecê-las”, “Mais vale prevenir, que remediar.”, “Também só mais uma coisinha não pesa.” E todos aqueles ditados, mais antigos que a minha avó, que me dêem uma desculpa para enfiar mais uma coisinha dentro da mala.
O que acontece no fim? A isso sei responder: uma mala de porão com 24kg, uma de mão com 10kg, um necessaire, a mochila do computador e ainda aquela “malinha” que não pode faltar a uma Sra. Junto a isto 10 ave-Marias, 5 pai-nossos e todos os dedos cruzados para que ninguém me obrigue a tirar uma meia que seja da mala.

Conselho: não sejam tão materialistas quanto eu. Embora saiba que a minha história não está escrita nas minhas coisas, tudo me lembra algo. Algo que não posso deixar ficar para trás.

Agora é respirar fundo, relaxar e esperar que os santinhos dos aeroportos estejam comigo.

_________________________________________________________________________________

This was my battle in the past 3 days. How can I put 20 years of history in one bag that can't pass 23kg? If you know the answer to it, please tell me!
Making my dilemma even worse, I wondered "what can I leave behind and what is it indispensable to take with me?". There are two voices always by my side! One says: “Take just the essential!”“The most important things are the documents!”“You are not going to the desert!”, “You can buy that in Liverpool!”. The other says: “What if you need that upon arrival?”“It is best to take it!”“Better safe than sorry!”“Just one more little thing, it doesn’t weight that much!”. And these are all of those dictations, older than my grandma, that give me an excuse to put just one more thing in the luggage.
What happens in the end? Easy answer: one luggage with 24kg, a hand bag with 10kg, a necessaire, a computer bag and also that tiny little (obviously I’m being ironic) hand bag that can’t be left behind by a lady. Next to it, I add 10 Hail Mary, 5 Our Father and all the fingers crossed so that no one forces me to take even one sock off the bag.

Advice: Don't be so materialist as I am! Although I know that my history isn't written in all of my stuff, everything reminds me of something. Something that can't be left behind.

Now is time to take a deep breath, relax and hope that all the airport saints will be with me.

Round 1: 20 anos 1 - 0 23kg

A 4039km away e a rezar
Filipa

P.S.: isto ajuda, e muito!

4039km away and praying,
Filipa

P.S.: this helps a lot!

quinta-feira, abril 30

VIAGEM PELO ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS | A tour to the photo album

Lisboa é a minha cidade, o meu amor, a casa que vai ser sempre minha. Por isso, decidi partilhar com vocês Lisboa vista com os meus olhos. Toda a gente tem um sítio preferido, o meu fica entre o Terreiro do Paço e a Avenida Ribeira das Naus. Temos o mar pela frente, a cidade atrás de nós, com sorte alguém a cantar ou a tocar qualquer coisa, e é perfeito para fins de tarde!
No entanto, Lisboa não é só isto. É mar, sim, mas é principalmente gente, risos, sol e muita saudade. Sempre hei-de pensar que Lisboa é muito melancólica, muito de toda a gente, porque quem passa por cá apaixona-se sempre. Lisboa é barcos a atracar, turistas, falar alto e a bom som, pedir bitoques e beber café no fim. Eu amo Lisboa. É o lugar que mais me compreende e não podia ser mais orgulhosa por ser alfacinha.
Deixo-vos com algumas das minhas fotografias favoritas que tirei ao longo dos anos.

_________________________________________________________________________________

Lisbon is my city, my love, the house that will always be mine. Therefore, I decided to share with you guys Lisbon through my eyes. Everyone has their favourite spot, mine is between Terreiro do Paço and Ribeira das Naus Avenue. We have the river in front of us, the city behind, and if we're lucky somebody will be singing or playing the guitar somewhere near, and it's also perfect for sunsets!
But Lisbon isn't just this. It's the river, yes, but mainly is people, smiles, sun and a lot of "saudade" (which is a portuguese word for something that misses; very beautiful!). I always thought that Lisbon was very melancholic, a city that touches everyone, because everyone that comes by completely falls in love with it. Lisbon is boats coming, tourists, talking loudly, ask for bitoques and drink coffee in the end. I love Lisbon. It's the city that understands me the most and I couldn't be more proud to be "alfacinha" (a word we call a person born in Lisbon).
I leave you with some of my favourite pictures I took along the years.

2011
2010

segunda-feira, abril 27

ANGOLA

Foi no fim de 2009 que tive o prazer de conhecer esta terra que, como eu, se faz de extremos. Tinha 14 anos quando a minha mãe recebeu uma proposta para ir trabalhar para Angola, mais concretamente Luanda, e “maluca” como é, aceitou. Meses mais tarde, e bastantes lágrimas depois, lá embarquei nesta aventura pela terra dos embondeiros.

_________________________________________________________________________________

It was in the end of 2009 that I had the pleasure to finally meet this land which, just like me, is made of extremes. I was 14 years old when my mom got a job opportunity to work in Luanda, Angola, and crazy like she is, she accepted. Months later, and a lot of tears after, I flew to the land of "embondeiros". 


Na minha visão de “pita” de 14 anos era praticamente o fim do mundo ir para um país a quase 8h de distância de avião das minhas amigas, das minhas rotinas e dos meus solos seguros. Foi certamente por isso que passei o ano que lá estive a azucrinar a cabeça dos meus, pacientes, pais para me mandarem de volta no primeiro avião para Lisboa; resultou. Na minha visão de “pessoa de 20 anos” (sim, aos 14 somos "pitas" mas aos 20 somos velhos de mais para sermos adolescentes e novos de mais para sermos adultos) foi das maiores e melhores experiências que já tive, e se tivesse ido com outro espírito tinha aproveitado o triplo.

_________________________________________________________________________________

In my teenage view, this was practically the end of the world: to go to a country that was at 8 hours distance of my friends, my routines, my safe and comfort zone. That was the reason why I annoyed my parents so much while I was there, for an entire year, asking them to send me in the next plane back to Lisbon. It worked. In my "20 years old person" view (because with 14 years we're teenagers but at 20 we're too old to be teenagers and too young to be adults), I know that it was one of the best experiences I have ever had and if I went with another attitude, I would have enjoyed it a lot more. 

Vista Hotel Presidente, Baía de Luanda
O que vos posso dizer sobre a minha estadia em terras de cor de tijolo é que aquele país é mesmo um país de extremos. Para começar ou se gosta ou não se gosta! Se fores com um espírito de aventura e de aceitação vais adorar a experiência, mas se fores com as “manias europeias” e o belo do salto alto então não passas do aeroporto.
A pobreza é evidente, porque é daquelas coisas que não se conseguem mascarar, mas ao invés de se sentarem no passeio de mão esticada agarram em qualquer coisa e, talvez vender não seja o termo, impingem. Acredita, se não encontrares em lojas o que procuras, vais encontrar na rua! No início vão-te pedir uma exorbitância, mas aí a táctica do meu pai não falha: usa a frase “sou pula mas sou angolano” e regateia até encontrares um preço justo. Compreende-os! É das cidades mais caras do mundo para uma população que não ganha para comer, mas que se mantém humilde e tem vergonha de comer na mesma mesa com um branco, num dos poucos centros comerciais que havia na altura.

_________________________________________________________________________________

What I can tell you about my experience is that Angola is indeed a country of extremes. To start with, whether you like it or you just don't! If you go there with a spirit of aventure and acceptance, you'll absolutely love the experience. But if you go with your "european routines" and high heels, you won't go past the airport.
The poverty is super noticeable because it's one of those things you just can't hide. Although, instead of asking for money, they make you want to give them: believe me, if you don't find in the stores what you were looking for, you'll find it on the streets! In the beginning they'll ask you for a lot of money, but then my dad's techniques kicks in: you have to use the expression "sou pula mas sou angolano", which means "I'm a white portuguese but I'm from Angola" and negociate till you have a nice price. Understand them! It's one of the richest cities in the world with a population that doesn't even have money to buy food, but still's very humble and feel embarrassed to eat at the same table with a white guy, in one of the few shopping malls that existed at the time.




Quando está calor não há ar condicionado que nos valha, e livra-te de abrir a janela, caso contrário és devorada(o) por mosquitos. Já quando decide chover o melhor é procurares a arca de Noé e esperares até o dilúvio passar. Luanda literalmente parava quando chovia!  
Não posso falar de Luanda sem mencionar a Escola Portuguesa de Luanda onde concluí o 10º ano do curso de Línguas e Humanidades. A verdade é que o sistema de educação público em angola, embora não possa falar com grande conhecimento de causa, é muito limitado, mas se tiverem oportunidade de colocar os vossos filhos na Escola Portuguesa certamente não se irão arrepender. Os profissionais são excepcionais, os alunos são exemplares e as instalações fazem inveja a muitas escolas em Portugal. Aqui fica o meu mais sentido Obrigada a todos os professores, colegas e amigos com quem tive oportunidade de partilhar os melhores momentos e as maiores frustrações enquanto “pita” de 14 anos. 

_________________________________________________________________________________

When it's hot, there is no airco that can help you. And you can't open a window either or the mosquitoes will eat you alive. When it decides to rain, the best is to look for Noah's Ark and wait till the water goes away. Luanda literally stopped when it rained!
I can't talk about Luanda without mentioning the Portuguese School of Luanda where I finished my 10th grade of the Languages and Humanities course. The truth is that the free education system in Angola, even though I don't know much about it, is very limited. However, if you have the opportunity to put your childrens in this school, you won't regret it. The teachers are amazing, the students are an example for everyone and the school itself is absolutely ridiculous compared to the portuguese ones. I'm very thankful to all the teachers, fellow students and friends who I had the chance to share great moments with and also my biggest frustrations while a teenager.

Escola Portuguesa de Luanda
As marcas da guerra ainda estão presentes tanto nas pessoas como nos edifícios, e é por isso que ainda lhe chamo a terra dos palácios abandonados e dos paraísos perdidos. Posto isto, se tiveres oportunidade de voar até Angola não te fiques só pela Ilha de Luanda e pela Marginal, ícones na altura, mas com as melhorias que foram feitas já ouvi dizer que estão ainda mais bonitas. Se gostas de andar de barco vai até ao Mussulo, se não, viaja por terra até Sangano, onde podes comer um maravilhoso arroz de Lagosta, ou um Linguado que vem à posta (imagina só), Benguela, Barra do Dande, Barra do Kwanza, entre outros.

_________________________________________________________________________________

The war scars are still very present, whether in people or in the buildings, and that's why I still call it the land of the abandoned palaces and lost paradises. If you ever have the opportunity to fly to Angola, don't stay just in Luanda. If you like to go on a boat, go to Mussulo. If not, drive till Sangano, where you can eat an amazing lobster rice. You can also go to Benguela, Barra do Dande or Barra do Kwanza. 
Paraísos Perdidos, Benguela

Miradouro da Lua, Barra do Kwanza

Memórias da Guerra, Benguela

Palácio Abandonado, Benguela

No momento do regresso, e enquanto vais parando e parando no seu característico trânsito, espero que te lembres dela como eu: a terra dos embondeiros, das pessoas que chamavam pai grande ao meu pai e mais velha à minha mãe, dos azuis e brancos, da poeira no ar, do cheiro a terra molhada e do pôr-do-sol da cor das mangas que se compravam na rua, sem esquecer de pedir as quebra.

_________________________________________________________________________________

When you're coming back, and while you're stuck in the usual traffic, I hope you remember this land just like I do: the land of "embondeiros", the people who called "big father" to my dad and "the oldest" to my mom, the sand in the air, the smell of wet earth and the orange sunset as the mangos that you can buy on the street without forgeting to ask for "the lost ones". 


Clica aqui para veres mais fotos. Click here to check more pictures.


A 4039km de distância e com muita saudade,
Filipa

P.S.: Segue a nova novela da TVI "A Única Mulher"!

4039km away missing it so very much,
Filipa